fico em silêncio
na minha memória hesita uma certeza
que me afaga sem pressa
e me esboça uma ponte
no meu céu paira um pouco de cinza
os meus olhos acolhem os cinzentos
no abraço à serra queimada
onde eu tinha tantas palavras
onde encontrava tantos sentidos e afectos
um pouco mais ou menos de mim
fala desde o chão que também perece
dos sonhos que também querem existir
sabemos que por vezes é demais
e que por vezes somos de menos
que as medidas podem ser alusivas
na folia dos axiomas absortos
mas neste manancial de términos
encontro as minhas origens
É uma tortura olhar a terra queimada. Seca-se qualquer coisa por dentro.
ResponderEliminarAbraços
Talvez a terra queimada seja o reflexo de tantos corações queimados pela incerteza da vida, dói ver o cinzento que fica as vidas quebradas pela insensatez
ResponderEliminarbeijinhos
intenso,bonito e revelador!
ResponderEliminar...e o rio continua a dormir serenamente...
ResponderEliminaro rio dorme...mas enquanto houver uma ponte....já é muito!
ResponderEliminar:)