quarta-feira, 9 de abril de 2014

urbe XVII




por vezes anoitece mais cedo 
como se alguém entediado e vagaroso 
numa hora oclusa e precipitada 
decidisse ditar o término da história 
onde o dia não se absolve completamente 
e verte a eternidade que incorpora 
um amor arrojado numa qualquer edição 
é possível que se componha com os sorrisos 
alheios que deflagram aparência nas palavras 
proferidas em surdina e que encorpam o ar 
que nega e reprime toda a felicidade na cidade 
onde aparenta pairar uma constante ameaça 
que se propaga apressada nas ruas 
sem nos conhecer 




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