numa geometria de adeus e de memória
há o silêncio compreensivo do edifício
e uma cidade que se esqueceu do mar
nos caprichos das árvores tristes no céu
vermelhas que varrem ao voar sem ofício
onde o céu é mais do que céu e alegoria
o chão fica no delírio da mudança imutável
e os sorrisos sorriem para o sorriso iminente
num laço pronto e sem vínculo ou armadilha
onde a cidade foi possuída pelo esquecimento
em todos os ângulos emprestados que teimam
ainda inflexível e completamente no amor
Sempre um encanto, Aveiro. :)
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