quarta-feira, 21 de maio de 2014

urbe XXIII





numa geometria de adeus e de memória 
há o silêncio compreensivo do edifício 
e uma cidade que se esqueceu do mar 
nos caprichos das árvores tristes no céu 
vermelhas que varrem ao voar sem ofício 
onde o céu é mais do que céu e alegoria 
o chão fica no delírio da mudança imutável 
e os sorrisos sorriem para o sorriso iminente 
num laço pronto e sem vínculo ou armadilha 
onde a cidade foi possuída pelo esquecimento 
em todos os ângulos emprestados que teimam 
ainda inflexível e completamente no amor 




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