sexta-feira, 16 de maio de 2014

urbe XXI




reparo que trago impregnados no corpo 
os sentimentos amotinados da rua 
transversais aos dias declarados 
onde as emoções estão dependentes 
das marés penhoradas e insolventes 
e também tocam no fundo e no vazio 
parceiros de sigilos e compromissos 
nem sempre inequívocos e palpáveis 
na hora que corre em todos os sentidos 
nos ideais que escorrem nas paredes 
nos festejos que se alheiam e sublevam 
caídos no fundo mais profundo da cidade 
onde tarda e habita a dívida da esperança 
não me encontro na sombra que esboço 



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