quando acordo nos dias em que ainda acordo
ainda sinto que disputam um ermo no jardim
não sei em que altura se cansaram os jardins
mas estão cansados e têm a certeza da morte
e por ali plantaram com amor o amor eterno
com toda a cidade pela frente e pelas faixas
exposto ao vento apalavrado para o princípio
e à maré prometida para antes do termo
bem sei que nem todas as estações correm
à feição das circunstâncias que se abreviam
à feição das circunstâncias que se abreviam
que o amor não é um indivíduo sedentário
e que os jardins são locais pequenos demais
para mostrá-lo na linguagem dos sentimentos
na ligação afectiva que se abraça de facto
onde um sonho é simplesmente o sonho
Jardins mortos... sao coraçoes sem sentimentos...
ResponderEliminarmas os sonhos, por vezes ganham asas e esvoaçam por esse mundo além....
ResponderEliminar:)