o céu limpo é o meu tecto
e perto
irremediavelmente perto
as ondas espraiam-se
com o temor demorado de quem não se vai salvar
talvez pudéssemos falar se te silenciasses
se te escutasses um pouco mais
mas a água das ondas apressa-se a regressar ao mar
como uma enxurrada repentina
e a noite surge já adormecida
cansada de formar sulcos na alma
como se esta fosse do mar a espuma
e o mar uma relatividade quotidiana
repleta de fórmulas complexas e mutáveis
na vorticidade do desencontro
teimo em desenhar sorrisos distraídos
flores que também vejo felizes no outono
algumas estrelas estereotipadas
e corações gentis
O lugar da fotografia é maravilhoso... desperta tranquilidade e calma...
ResponderEliminarA imagem é lindíssima, com tonalidades surpreendentes e o pescador, lá ao fundo,qual mosquito no meio da imensidão, completa o cenário!!!!
ResponderEliminarParabéns, também ao poeta.
vejo neste post um elogio e reflexões às contradições do Tempo...e do Espaço!
ResponderEliminarpalavras delicadas e dóceis com um misto de nostalgia, mas que deixa esperança e beleza.
ResponderEliminara foto, como sempre, muito bonita!
convida-nos a uma paz e serenidade.
boa semana.
beijo
Henrique,
ResponderEliminarMais um entre muitos que reflete palavras ternas. Este poema sinto-o adornado por uma ténue melancolia.
A imagem é sublime.
Ana
Maravilhoso ritmo das ondas que se vão e sempre voltam...
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