de acreditar deixei em quem apenas vê
o seu mundo; em quem apenas a sua
dor sente. eu desconheço o quanto destes
dias me pertence, o quanto de mim eu sei.
há dias que não pedem explicações
nem eles explicar se conseguem.
dias em que as letras não perguntam
se para tantas palavras tenho olhos
suficientes; dias em que não necessito
distinguir de quem é a demência,
ou se existe, sequer, essa tal loucura;
dias sem frases feitas sobre o amor
ou a pobre necessidade de culpar alguém.
para os outros dias sem fundo:
eu sei de um lugar, à beira-mar,
onde eu posso ficar a desejar,
longe de suposições e expectativas
que, não sei como, desaguam em mim,
rápidas, tumultuosas e evasivas,
e eu, com a natureza, não discuto;
um lugar onde a própria lua se iguala
à dor e às sombras e os corpos tem
a consciência de pertencer à terra
do chão que amanhã irão pisar;
um lugar onde é o vento diverso
que o livro da existência folheia…
[livro aberto]
Olá, Henrique.
ResponderEliminarQue lindo post!
Hoje também escrevi sobre a necessidade, nos dias de hoje, de se culpar alguém.
Abraços!
Há essa sensação :quem somos e o que não somos.
ResponderEliminarE essa necessidade de ficar em 'algum lugar'onde nada disso importa.
Gostei muito de como desenvolveu a idéia,Henrique.
abraço
sensações à flor da pele
ResponderEliminarno entanto o poema tem uma certa serenidade
um beijo
:)
De quando em vez há dias assim, sim.
ResponderEliminarBeijos, Henrique. :)
Boa tarde, temos dias e dias, uns melhores e outros piores com sensações incomodas, acontece! ultrapassar as mesmas porque nada acontece por acontecer, é necessário.
ResponderEliminarAG
boa semana!
ResponderEliminarbeijinho
:)