quarta-feira, 1 de abril de 2015

sem emenda




o dia são remendos sobre o azul que escureceu. 
deixei para trás os fantasmas normativos de papel, 
apaguei os privilegiados monstros digitais 
e extingui o espectro das chamadas misantropas. 
ressoam os suspiros e o bater do coração das estátuas. 
ainda vivem as miragens da tua vida sobre o meu peito 
e do pôr-do-sol desmaiado nas tuas costas nuas; 
do sistema solar que nos hospedava, itinerante; 
da longínqua existência de momentos remotos 
com controlo secreto e apertado, onde se idealizava… 



 [livro aberto]





2 comentários:

  1. o poema é uma mistura de sentires pueris e ternos, onde sobressai uma estranha melancolia.
    a foto é poderosa e belíssima.
    :)

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