Agora, o mar passeia-se pela cidade:
a minha cidade, um certo odor a mar.
As palavras chegam cruas e entram-me
pelos olhos fechados, numa tarde
que também se vai fechando,
com prenúncios irremediáveis
de que virá ainda mais vento
pelo meio do amor que tenho
pelos gatos e pelos cães abandonados,
para me açoitar o sono,
como os fustiga, a eles, cães e gatos,
e ao fio da sua paz.
[sobrevoo]
E nos nossos momentos de insónias... sentimos a mesma paz... dos gatos e cães abandonados... é um facto!
ResponderEliminarPedaços de realidades distintas, num mix perfeito... e que fazem todo o sentido... neste teu denso poema, que nos faz pensar!... Ainda que leve, no número de palavras...
Que bom que estás de volta... e eu também, por aqui... :-)
Beijinhos! Feliz semana!
Ana
Lindo poema, cheio de sentimentos e preocupações com os animais.
ResponderEliminarTambém as tenho.E sofro quando vejo quantos abandonos, tanta crueldade.
Já seguindo. Parabéns.
Abraço!