Quando os fantasmas não têm a certeza da nossa
existência,
ganhamos a transparência fundamental e a consistência da
névoa
a pairar num obscuro e impensável despropósito de vida. E,
nesses instantes, podemos vê-los plasmados numa solidez
de dúvida;
eriçados, em torrente, até à mais profunda convicção de
si próprios;
imbuídos em suor e vóltios que gemem uma melodia acidental;
mesmo à nossa frente e numa qualquer superfície que, mais
ou menos,
espelhe, para que, a nossa imagem, atravesse a nossa memória.
[sobrevoo]
Fantasmas de nós mesmos.
ResponderEliminarBjks
Quando olhamos os nossos fantasmas de frente estamos a um passo de os vencer.
ResponderEliminarbjs
E quando finalmente encaramos os nossos fantasmas... é quando a nossa consciência, finalmente nos dá a consistência, que até aí nos faltaria...
ResponderEliminarPrefiro que os meus fantasmas tenham medo de mim... do que eu, deles... :-D
Eles que continuem no seu mundo... de preferência sem perturbar o mundo, dos que querem apenas viver...
Um poema interessantíssimo, Henrique... este, de nos confrontarmos com nós mesmos... por vezes...
Beijinhos
Ana
Gostei
ResponderEliminar(cheguei aqui pelo link no blogue da Ana Freire)