O mar está bravo e eu regresso a terra.
Venho, voando, amor, numa poesia breve
E vejo-me, de fora, num poema onde já não sou.
É o céu e a ria, num só, que me encerra;
É o poema que teimosamente me escreve,
Por um trilho que ainda agora mudou.
Estranha vida, que subitamente me dispersa.
Sim! Aqui estou, aqui vou, ao meu encontro: unidade.
A simplicidade de ser uno, com tantos zeros por dentro.
Cada zero é um, a meu ver, feliz, quotidianamente feliz,
E uma unidade feliz, é uma unidade sem preço.
Ah, gaivotas festivas, que me bafejam a viagem!
Agradeço o apreço, que é uma luz repentina,
Onde posso pousar o profundo baralho de sensações,
As mãos, a retina, mas, não o destino.
Porque, o mar está bravo e está dentro de mim,
Onde, também, está o regresso, a terra e o voo;
A poesia, o poema, o céu, a ria, o trilho e o amor.
Venho, voando, amor, numa poesia breve
E vejo-me, de fora, num poema onde já não sou.
É o céu e a ria, num só, que me encerra;
É o poema que teimosamente me escreve,
Por um trilho que ainda agora mudou.
Sim! Aqui estou, aqui vou, ao meu encontro: unidade.
A simplicidade de ser uno, com tantos zeros por dentro.
Cada zero é um, a meu ver, feliz, quotidianamente feliz,
E uma unidade feliz, é uma unidade sem preço.
Agradeço o apreço, que é uma luz repentina,
Onde posso pousar o profundo baralho de sensações,
As mãos, a retina, mas, não o destino.
Onde, também, está o regresso, a terra e o voo;
A poesia, o poema, o céu, a ria, o trilho e o amor.
[miscelânea]
[29 de novembro de 2021]