Peço licença para entrar e rodopiar na tua cabeça,
E propagar-me como essência de pensamento
Que não se permite procrastinar ou deter em lamento.
E, na linha do ocaso, este é o meu último século,
Não quero calar o afecto que sufoca na garganta
E, num último grito, abafa a palavra que se agiganta.
Escorregam, as palavras, pela noite como pelo dia,
Erram, ainda que a minha vida se lhes escoe sem lios
E te encontrem, de outra forma, em desafios.
Ouvi os gritos das palavras que arderam
E as palavras que em mim vivem, e me tem por certo,
Queimam e crepitam neste meu rumo ao deserto.
Queimam e crepitam neste meu rumo ao deserto.
Tudo deve ser dito, enquanto andamos neste mundo, nada devemos guardar na aridez da vida
ResponderEliminarbeijinhos
rumo ao deserto e à vida...sem pedir licença
ResponderEliminar:)
Deserto, silêncio, aridez, ausência. Caminho que não se busca e que se encontra quando sufocado o afeto. Que as palavras não queimem o interior e sejam ditas com calor. Abraço.
ResponderEliminarUm quase soneto não fossem os dois tercetos primeiros. Não é deserto o espírioto que assim cria.
ResponderEliminarParabéns.
Abraço
*espírito
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