sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Em tempo de mar




Falei-te nos sonhos alados que proclamam o oceano
Que deixa a vontade planar em asmos;
Desenhei-te elipses, na pele, entre marasmos,
Sem sequer te tocar e sem te conduzir ao mundano.

Falei-te de pontes que unem o sagrado ao profano,
Entre palavras que não pedem histórias, nem sarcasmos;
Longe do clímax, mas próximo dos entusiasmos,
Provaste que sou tão só e tão simplesmente humano.

No saber do feito do mar e do horizonte afogueado,
Permaneci a dedilhar árias nos tons da perspectiva,
Pela escala da bondade da estação contemplativa.

Escrevi-te poemas e uma extensa missiva,
Sem parar no ventre de um destino rogado,
Falei-te do vasto amor, quem me mantém resignado.



6 comentários:

  1. E, talvez, um porto de abrigo, quando o (a)mar está revolto.
    Bjks

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  2. E quando o mar está calmo, me sinto com a alma lavada...

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  3. Um belo soneto, com uma métrica impecável a falar de tamanho sentimento. Adorável...
    Abraços

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  4. o soneto está perfeito!

    muito, muito bom.

    beijo

    :)

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  5. Levei este soneto por empréstimo.
    Se não concordar será imediatamente retirado.
    :)

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