segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Proporção



Não encontro a simetria radial
A proporcionalidade directa
O ângulo recto
Mas a verdade que se devolve
E trilha a termo certo
O espólio de um céu
E de um encanto de humildade
Na verdade que cinge
O afecto de abraço absoluto

Como te encontro
Como me reúno
Na mão estendida
E que aguarda segura
E contém o infinitivo de partilha
De dádiva
Embora carente e pedinte
Ainda que limpa
Além do pesar da própria alegria


domingo, 23 de setembro de 2012

E hoje... (XL)



     ... Entre a incomum perspectiva dos lugares-comuns; a virtude de não ser perceptível, como o início do sono; as marchas de uma valsa ou os destempos de um compasso ternário:
     
     Acredito na vinda de uma nova contribuição e no infortúnio desse modelo na nossa subsistência.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

E hoje… (XXXIX)


     …Não trago imagens concretas da traça que procurava a luz e nela se perdia em voltas sem fim. Deixo as minhas [imagens], empilhadas, ao lado das sapateiras da despensa. Não é desânimo, revés, ou frustração. É uma confirmação de pensamentos amotinados e de uma rebelião de energias que se alteram na essência durante a contenda pela superação, superioridade e prevalência. É o interior da felicidade virado para os que estão de fora.

     Pesa o modelo imberbe de organdi que veste a margem. A validade destes códigos só é garantida no interior do intelecto emissor.


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cabo solto



Consigo alcançar o rio
Que une pelo esquecimento,
Nesta margem de alegoria.
Com ponte, ou sem ponte, o brio,
Os ventos de um metamorfismo de agradecimento
E os esboços de ria,
Sem autoria.

Na linha íntegra de um horizonte
De rama de amor e quietude,
Que deixa a monte
Um istmo de encantamento e solicitude,
Fia o desejo expresso
De uma determinação de regresso,
Sem lei, mas com atitude.

A prorrogativa de prezar sem prazo
O despojo de uma resolução de termo certo
E o azul de um céu aberto.


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Compreensível


Simples e despido.
Este é o poema do amor,
O poema que não existe,
Um amor que não é de ninguém.
Onde as palavras ficaram velhas,
Antes da vereda, que nos liberta,
E no qual não se desenvolveu semente.
  
Sem atalhos e sem pretensão,
Este é, também, o poema dos silêncios,
Poema que renuncia à rima
Porque, o silêncio tem mais som
E repete um som igual,
Mais alto e além do verso.
  
O poema vai descalço e descomplicado;
Vazio de expectativas.
Porque este é o poema limpo;
O termo da chapada;
A orla da serrania;
O prazo de validade;
A cercadura da omissão;
E é nada.


Um telhado em flor

  
com flores na telha



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Panorâmica - São Martinho do Porto

  
baía
Baía de S. Martinho do Porto - Alcobaça - Portugal


baía
Baía de S. Martinho do Porto


baía e foz do rio
Baía de S. Martinho do Porto e Rio Tornada ou Salir