segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Cabo solto



Consigo alcançar o rio
Que une pelo esquecimento,
Nesta margem de alegoria.
Com ponte, ou sem ponte, o brio,
Os ventos de um metamorfismo de agradecimento
E os esboços de ria,
Sem autoria.

Na linha íntegra de um horizonte
De rama de amor e quietude,
Que deixa a monte
Um istmo de encantamento e solicitude,
Fia o desejo expresso
De uma determinação de regresso,
Sem lei, mas com atitude.

A prorrogativa de prezar sem prazo
O despojo de uma resolução de termo certo
E o azul de um céu aberto.


7 comentários:

  1. hoje com consigo chegar ao teu pensamento, um poema pode expressar tanta coisa e as metáforas
    são simbolismos do imaginário que como a ria tranquila se aninha no pensamento indecifrável para os demais,mas gostei do que li e dentro de mim faz sentido este poema
    beijinhos

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  2. O rio como vida que prossegue, o horizonte como futuro, entre vários traços de quem não guarda mágoas e tem o céu como limite. É assim que o leio. E gosto: do ritmo, da desaceleração num verso mais longo, do encadeamento dos versos, das figuras de pensamento, dos tropos (com destaque para as metáforas), das figuras de sintaxe. Em resumo, gosto da intencionalidade e da consequência.
    Um beijo.

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  3. Olá, 'Rique!
    Solta-se uma amarra, mas não se fica à deriva.
    Um beijo e abraço!

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