segunda-feira, 8 de julho de 2013

identidade




diferentes ostras que nunca apetecemos
sem ser o tudo do todo num sorriso
num entretanto longo
que beija sem lábios
em demoras lânguidas
em lapsos inatos de carícias
em luas que vão distantes
em lembranças erigidas
hoje também cala o vento
o sol ainda queima o âmago
e a celebração que alcança fracções
dos meus fragmentos conquistados
dos meus retalhos perdidos
à razão que adquire o discernimento
em anáforas que se espojam nos sentimentos
num dito mito que anula o rigor
e diferentes abraços que gemem a forma desencontrada
diferentes que nunca ficamos
diferentes que nunca ficámos
diferentes em diferentes alienações de tempo
que se sustenta da aparência do evidente
na conspiração clássica do talvez
e se enforma e informa na junção e no modo onde fica o amor
 


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