há tempo para umas palavras
que se evadiram da poesia
e que se perderam pela tarde,
repartindo silêncios pelos olhos,
lugares imensos que se expõem
nas minhas mãos repletas de longe.
longe nem sempre é a distância,
pode ser a circunstância de escrever
espaços no céu e na água do mar,
o mesmo mar de corpo empanturrado
de gritos de poemas contundentes
e de caminhos em construção.
-inicialmente no paralelo [25 de abril de 2014]