quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Alinho
Que te amo digo,
E sonho quando o declaro;
Quando o recito;
Quando o guardo para nós;
Quando estamos sós.
Que te amo escrevo,
E sorrio sozinho;
Quando estás e não estás;
Nas horas boas e nas horas más.
Que te amo penso,
E desenho mais um sorriso;
Quando fecho os olhos e te desejo;
Quando abraço o meu abraço;
Quando te sinto sem sentir.
E porquê?
Digo, escrevo e penso:
Que te amo eu sinto;
Que te amo eu sei.
És especial e encantadora!
Fascina-me o teu interior e aparência;
Cativa-me a tua sagacidade e inteligência.
Queres que o escreva de novo?
E a saudade é um sofrimento
Numa réstia de esperança.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Traineira (I)
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Localização:
Forte da Barra | Jardim Oudinot
segunda-feira, 21 de maio de 2012
De braços num abraço desejado
Há batéis que transportam as marolas
No local onde nascem os desejos,
Por entre salvas e festejos,
Enquanto o meu peito cede, sem esmolas,
Onde se ordenam as vontades,
No centro de todas as realidades.
A escolha e o querer que remam para o mesmo lado,
E a possibilidade e a licença em sentido contrário,
Onde se desenha um círculo cerrado.
Um anseio de descobrir, que aspira ser descoberto,
Cresce nas determinações de sonhos,
Num tão remoto que se reconhece tão de perto.
domingo, 20 de maio de 2012
Suporte
O silêncio é um batente e meu amigo,
Num ancoradouro antigo,
E as recordações, leais companheiras, a onda,
Onde se despem os medos,
No amor das marés que são nossas,
Que uma ou outra gaivota ronda
Para assinalar os penedos.
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Envolver com os braços
Repara:
Acumulam-se dias,
Revogam vidas,
Plagiam crises.
Enquanto se fecha o
olho-d'água,
Que alimenta a
pequena vala foreira,
Que conduz a água
para o açude
E que fazia mover a
roda da azenha,
Uma construção decadente.
Deixa que os meus
dedos se afirmem
Na pele do teu
rosto
E te arrebatem no arrepio
do pescoço
Que se estende até
aos ombros.
Dá-me a tua mão,
O silêncio protege os nossos sons
Em ebulição latente
E embala o afago assimilado.
Sim,
Vê os olhos
De um folhetim sem
fio;
Observa como o tempo
parte as leituras
Que rejeitam
escolhas livres no seu destino,
O deitar no confim
de um frio.
Protejo-te com o meu abraço.
Contempla o pôr-do-sol no horizonte,
O futuro, e vive a primeira brisa,
Sem pressa.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Silêncio de tecto
Num vácuo de ensaios,
A sombra projecta um corpo
Que se acrescenta e amplia
Longe da escala,
Em ímpetos de misericórdia descoberta
Que se filia
Num olhar absorto.
Silêncio de tecto.
Planta o possivelmente ao lado do provavelmente
Que suspende o plano
E interrompe o inseparável paralelo
Que se agiganta num ralo de adivinha antecedente.
Livram todos salvo eu.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Ao lado
De que lado do espelho me espelho,
Quando me deveria alçar sem atraso
Na superfície polida onde me assemelho?
De que lado do espelho me espalho,
Quando não necessito reflectir a prazo
Na saliência de uma gota de orvalho
Do meu reflexo contuso
De corpo confuso?
A simetria contorce entre o que favorece,
O
que depressa esquece e transformas
E
a inutilidade do mundo das formas,
Na
natureza que arrefece.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
domingo, 13 de maio de 2012
E hoje… (XXXI)
…Não prossegui. Não descubro a medida, nem a norma. Abrigo
os fragmentos de existência para suavizar a noite, onde necessito ditar a essência,
orientar o ímpeto, vergar a obstinação.
Breviário [XXVI]
Não há qualquer afeição
quando a ausência é interior e não existem bons sentimentos e serenidade quando
a afeição é o controlo.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Situação meteorológica
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Práxis
Mais dois passos e posso entrar em casa. Afago o ânimo cansado. Algumas metáforas permanecem assustadas, a um canto, no bolso, agarradas as chaves e, no entanto, lembram a sua natureza e emitem um sussurro. O sussurro de quem avisou; o sussurro da providência descuidada.
Passam próximo o enlace de um abraço que parte, montado num desejo arrancado, e outros abraços que fogem a pé.
Entro. Regresso. Os devaneios acumulam-se com o pó dos sonhos, sobre os afectos imobilizados, móveis que não escondem o seu princípio e serventia. Algumas emoções brincam, enquanto os olhos se adaptam à luz dos acontecimentos, que se propaga após ter accionado o interruptor, instalado na memória viva de uma parede que se quer resistente. E lá estão os sentidos e os sentimentos descalços, sentados no silêncio da dor.
O rouco da garganta, entre o modo e o consolo, saúda os mistérios e a alucinação das carícias devotas. Há metáforas de contentamento espalhadas por toda a casa. Digo.
A cozinha espera pela confecção dos discernimentos; pela fala. A comida vai alimentar o corpo da esperança, da vontade, do humor, da coragem, do génio, e bebe-se uma conversa seca.
Lavar os dentes que mastigaram os critérios e os juízos. E deitar, sobre as horas, sobre o dia. O sono virá mais tarde.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Ria de Aveiro - Canal Central
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Aveiro, Portugal
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Seio
Noutro momento
O tempo já não
espera por mim
E houve um tempo
Ouve o tempo
Prossegue o
espectáculo
Dentro do prazo
Sem data de validade
Numa expiração
renovada
Que sem me acordar
me desperta
Com a sua mão
ausente
A fé em espelhos
deformados
Princípios de nada
Não-ser de essência
Que se propaga e mistura
No fundo do seu
fundo, abre os olhos
Conhece a cena de
cor
E os sonhos nos
vidros partidos
E na água derramada
por terra
Que vive
Vive algo dentro
deste peito
Outro tanto parte
num veleiro
A quem chamaram “Fortuna”
Mas que se chama “Forma”
E formatado sem
regresso
Não foi executado
para sempre
Noutro tempo
O momento já não
espera por mim
E houve um momento
Ouve o momento
Que não fala de novo
Dentro do rio sem açude
E sem estagnação
Na escora das horas
De um pesar incolor
E de coloração ser
dor
Que pernoita num punhado
vago
No íntimo denso das
manhãs
Que já não acordam
Não ocorre um tempo
Vive um olhar que
não reside
Não existem saliências
caídas
Há argumentos
despidos
Mantos abandonados
Mandos que não abrigam
E uma nascente
conformada
Por entre caminhos
esquecidos
Tive um tempo que
acordava
Num tempo que não
dormia
Tenho um tempo que
não dorme
Num tempo que acorda
Numa brisa de dedos
frios
De uma bruma dobrada
De um ancoradouro
de abrigo
Desobrigado
Onde não se diz o adeus
tácito
E o bem-vindo implícito
Vive nos gestos e
feições
domingo, 6 de maio de 2012
Cascata da Cabreira
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Localização:
Silva Escura, Sever do Vouga, Portugal
sábado, 5 de maio de 2012
Breviário [XXV]
Há sempre um
querer: um querer muito; um querer, apenas; um querer pouco e um nada querer.
Tempo simples
Sim
Dorme
Por fim
A última centelha
A não conforme
Por concluir o dia
assim
Os pedacinhos de
espelho
(Pequenos charcos
formados pela água da chuva)
Exibem o sorriso
aberto
Em tom de concelho
Esperam que a Lua
suba
E preencha o
deserto
Num boletim
informativo
Que fala de perspectiva
De uma qualquer
alternativa
E de um qualquer
motivo
O grito exclama no
peito
Onde tudo importa
Onde se mantém
aberta a porta
E o desejo é completo
e perfeito.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Conduz
Conduz a minha mão
Noutro tempo
surgirá a ponte
Ensina-me do teu
corpo as formas
Num frente-a-frente
de união
Que ultrapassa
qualquer vale ou monte
Critérios ou normas
Mostra-me do teu
mundo o chão
Indica-me o itinerário
para a fonte
Que sacia e onde te
transformas
Une os nossos
traços
Nas tuas linhas
Por vontades sem
embaraços
Singular
A imagem descansa
Reservada e
preservada
Fora do alcance
Num suporte imaginário
De tão perto
Consigo ouvir a fadiga
De um temporal
Que me reserva o
frio
Entre nós de
sacramento
Indiferente
E o serve como fronteira
Hospedada na rua
Aparento dormir
Para que descanse
A vontade de andar
e a tirada
Num torpor de inércia
De tão longe
De dedos estendidos
Cruzam-se linhas e
trilhos
Na palma da mão desocupada
De um braço esticado
Consigo sentir o
teu toque tão real e próximo
A tua respiração
tão chegada e exacta
E o calor do teu
abraço tão apertado
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Um cenário
Sou como uma sombra
que se dilui no escuro
A mesa ri-se de mim
e do fim
Depois do
pôr-do-sol enamorado
Cresce de outro
lado o muro
Tudo é tão azul assim
Eu espalhado por todo o lado
Sinto que parti
E tudo o que eu quero és tu e está em ti
Contraluz
Assomam-se! Espreitam! Sob a luz difusa de um candeeiro de
azeite, de bronze muito baço, dançam sinais que cavalgam símbolos ancestrais de
afectos, vestidos com palavras que não são só palavras, em sonhos abandonados, que não são só sonhos.
Sem ausência ou a gozar férias. Sem necessitar ou fruir de um período sabático. Sem amuo. Sem a perda da inspiração, ninguém perde o que não tem. Sem ver à luz ou a Luz, ou aquela luz, apenas a luz… Olha para o abismo de baixo para cima. O abismo tem outros abismos, e outros abismos o contêm. Há muito que descobrira que a consonância não era uma mera coincidência na sua vida...
Subiu! Subiu como quem sobe pela luz, pela própria luz e voa.
Abriu a porta. Entrou. Apagou a luz.
terça-feira, 1 de maio de 2012
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