domingo, 9 de agosto de 2015

o sinal


a partir do castelo de são jorge | lisboa | portugal




escrevo uma mão nas costas da areia 
os compassos no silêncio da música 
e um movimento na escultura estropiada 
são as palavras que se extinguem sem explicação 

à luz dos reflexos das conchas 
não sei quanto desta ilha eu sou 
se sou o acaso feliz deste ocaso 
incrustado nos meus olhos nestes oito 

minutos de resiliência da luz 
a herança das infinitas perguntas descartáveis 
o código de uma travessia desdobrável 

em mapas puídos pela insónia 
dos clichés de pássaros manipulados 
e ainda há liberdade? 




[a ilha]




1 comentário:

  1. um soneto inspirador.
    sim se houver liberdade em nós, a outra liberdade temos de a conquistar.
    bonito isto!
    beijo
    :)

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