terça-feira, 4 de agosto de 2015

sob o azul


estuário do sado
[serra da arrábida] estuário do sado | setúbal | portugal




desprendi tantas coisas 
que olho com a emoção a emergir 
com o sol para a condição: 
julho à flor da pele e o pano caiu 

poderei seguir o verão de outra forma 
entre o engano do idioma 
e a aparição dos sentidos 
nada é absoluto mesmo as estações 
de serviço e as saídas de emergência 

respiro a maresia
a catarse do insucesso 
encho o peito com coisas boas 
que passam a fluir na corrente sanguínea 
e a habitar e a habituar a mente 

é tão bom bom bom bom 
bom 
eu sei que vou ficar bem bem bem bem 
bem 

sou o próximo estranho que se junta 
ao mar com as suas sombras a ilha 
a poesia 

 [16 de julho de 2015]






[a ilha]



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