terça-feira, 18 de agosto de 2015

rodopios


aveiro
cais do côjo | aveiro | portugal




o amor é um elemento intrínseco 
um poder e uma energia 
e por ora um silêncio externo 
onde os símbolos do verão teimam 
a impor o tons sépia que nem o dia 
ileso pretende vestir 

do meu corpo dormente e ardente 
vejo outros corpos de rostos fechados 
mas de portas abertas 
indiferentes à rua 
presos ao tempo 
e às levíssimas gotas de chuva 
num dia de verão pardacento 
que bate levemente no rosto 
de quem fica e pela chuva entra 

por momentos não estou 
é a subtileza de pairar na vida 
e no cunículo escorregadio do universo 
ou estendido na fantasia e no plural 
e a ilha é apenas água absorta 
de agosto tão singular 



[a ilha]




1 comentário:

  1. Há no amor uma fragilidade também intrínseca
    'sutilezas de pairar na vida'
    'rodopios'
    Lindo poema
    abraço.Henrique

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