Em algumas noites,
alguns canais da ria assemelham-se
a profundos
corredores de casas antigas, cheios de névoas
misteriosas e intangíveis,
e adquirem a dimensão do infinito.
As madeiras, dos seus
ocultos cais, rangem como os velhos
soalhos agarrados à
noite, à mercê das reticências térmicas.
Sim, nessas horas
são reticências, ou seja, um pouco depois
do céu se repetir
no espelho de água, como uma saudade
sólida. E tudo se
pode agigantar para os que assistem sós,
ou pouco acompanhados,
e à proporção dos seus próprios
receios. A não ser
que estejam envoltos ou desprevenidos
numa qualquer
saudade, porque, tudo aquele cenário é,
não por um acaso, apenas:
saudade.
[massivo]
Saudade... uma pequena palavra... onde cabe um caudal tão grande de sentimentos...
ResponderEliminarFizeste uma óptima abordagem, através dos olhares que a tua cidade proporciona...
Beijinhos!
Ana
Henrique, servi-me de um dos teus magníficos poemas, lá no meu canto!... Espero que não te importes...
ResponderEliminarTem uma ligeirinha alteração em relação ao original... depois tu certamente a descobrirás, e me dirás se desejas que reponha a versão original...
Também foi traduzido, e como as traduções são sempre muito questionáveis, se desejares que altere algo nela... é só dizeres-me... :-D
Beijinhos!
Ana
Os teus posts de Novembro... não estão esquecidos... assim que tiver um tempinho...
Era isso mesmo que me suscitou dúvida... então o açúcar... não vai para a chávena... vai mesmo para o pires... e a tal virgula... também irei retirá-la... não faz falta... e adicionei-a, por lapso.
ResponderEliminarA minha dúvida era mesmo entre a chávena, e o pires, no sétimo verso... sendo assim... já irei alterar...
Beijinhos
Ana
e os sentires do Poeta, transformam-se em saudade...
ResponderEliminaruma certa nostalgia no poema.
bom domingo
beijinho
:)
O poema é o lar que acolhe o lar que é a cidade, que contém o lar que é a saudade. A saudade, vista de fora, que também pode ser a salvação, o porto de abrigo, advertida ou inadvertidamente.
ResponderEliminarBjks