Tropeçou em mim, na minha parte mais
desacompanhada, e entrou
na página
em branco, mais
gonçalinho do que são,
à luz aflitiva e
incontornável do vazio.
Evitou,
pacientemente, a página anterior,
onde, num poema,
choviam, há dias, cavacas
doces e onde eu sorria,
para contrariar
o mundo. Aninhou-se
na curva de tempo
entre as minhas
incertezas que concebem
a tentação de
suprimir problemas e a dança
dos mancos. E aí
permaneceu, imprevisível,
por acaso, para nos
questionarmos, mutuamente,
sobre quem somos, o
que somos e porque o somos,
enquanto eu sorria,
agora, para desmentir a vida.
[massivo]
A sua poesia é densa. Revela, muitas vezes, a convivência da alegria com a nostalgia, com angústias várias. Contudo, não é indiferente. Delicia, marca, preenche. É apazível e muito bela.
ResponderEliminarÉ um desassossego sorridente, aquele que enfrenta a adversidade e o destino menos favorável.
ResponderEliminarEscusado será dizer que gosto do poema.
Bjks
Wake Up! :)
ResponderEliminarQuando a inspiração visita o poeta... fica difícil desmentir o talento... e a vida...
ResponderEliminarMais um poema incrível! Como sempre...
Beijinhos
Ana