segunda-feira, 23 de abril de 2012

Contornos e ambiência da semente


A lâmpada do candeeiro da rua que se apaga;
Estrelas com regras que não se vêem e se repetem,
Escondidas pelas nuvens que uma luz parda reflectem
E que formam uma abobada que me limita o horizonte que afaga.

O sonho que inquieta o sonho do sonho, numa fraga
Erigida para além dos entendimentos que se acometem
E o frio que se instala no ventre, por sentidos que se remetem
A uma contestação sem voz, num aviso que se propaga.

O sentimento prévio de um evento vizinho e forçoso,
Que se entrelaça e cresce fora do domínio da vertente
E que contorna o equilíbrio, a distância e o oficioso.

O vislumbre de um assombro que se quer clemente,
Num gesto inequívoco de um carinho inteiro e delicioso.
Semeei as palavras de onde colho o dilema da semente.


2 comentários:

  1. Aquilo que colhemos é fruto do que semeamos...

    :)

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    Respostas
    1. ;)
      De uma forma ou de outra, sim, ou (desculpa-me a expressão e é mais justo dizê-lo) é muitas vezes assim.

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