terça-feira, 27 de novembro de 2012

E hoje… (XLV)


     … A vida continua. Abandono o meu corpo, dormente, e viajo por caminhos indicados por pontos de luz e estrelas, movido por uma vontade que vence as trevas desenvolvidas e que ludibriam o chão, de onde me ergo.
     
     A decisão final é nossa, até que o último reflexo de sanidade mental se apague, até ao último eco de discernimento, até que se desvaneça o arbítrio. Nem tudo é legitimado pelo contexto.
     

8 comentários:

  1. Olá, Henrique!
    Existem dias "pesados" e esse "abandono" pode ser revigorante.
    Também acredito e entendo que, para além e apesar do contexto, no pleno uso das faculdades mentais, a decisão final é nossa. Por muito que isso nos possa custar a engolir.
    Um beijinho.

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  2. Os «restos» de um dia, que assim, ao ler, é agradável.
    O contexto propicia, mas não decide.

    Um aparte: Também me irritam as pessoas que sabem que erram, por vezes, criticariam essas mesmas atitudes nos outros, e se desculpam com o «eu sou assim...»

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  3. E hoje já te sentes? Já tomaste como teu o corpo que antes abandonaste?

    Ok... dá-me as tuas gotas, eu tomo-as, hoje não estou boa (espera... eu nunca fui :P)

    Presumo que a decisão, à partida, seja sempre nossa. Mas... Se... :)

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    1. Sempre me senti e já tomei o meu corpo, para ir trabalhar. [Eh! Eh!]
      Apesar dos «mas» e dos «ses», quando há uma escolha possível e não estamos privados do discernimento, em última instância, independentemente da sensatez ou falta dela, ou da justificação ou falta dela, a decisão é nossa (ou deverá ser). É necessário possuir essa consciência, nós escolhemos, como comentou a Laura, «por muito que isso nos custe a engolir».
      Beijinho

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  4. Sempre temos a decisão final nas nossas mãos, mas na maior parte das vezes damos voltas e voltas e utilizando o livre arbítrio, trocamos as voltas e sai quesa sempre tudo errado.

    beijinhos

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