gostava de te abrigar da chuva
e que o espaço tivesse um tempo para nós,
para nos fincarmos num abraço,
sem duvidarmos das mentiras das sensações dos corpos,
ou das mentiras das estações e dos apeadeiros do ano.
mas nós já estamos prometidos à distância
e eu também pertenço ao espaço-tempo,
às areias agrestes e as suas vagas de razões.
não poderia viver do peso do reflexo do céu
e os teus olhos reflectem molduras vazias,
construídas com inexistências e desconfianças
que a custo poderíamos preencher com personagens
ou fragmentos de panoramas, ainda que irreais.
não há tristeza nestes eventos e circunstâncias,
é apenas a água a cair sem nos conseguirmos recolher…
[livro aberto]
um poema terno e simples que encerra uma beleza incrível nas palavras escritas
ResponderEliminargostei muito.
a foto é de uma beleza genuína e está perfeita
um belíssimo post
bom domingo beijo
:)