eu não sei se é justo falar-vos da tristeza
ou se é justo querer despedir-me dela,
que tanto testemunhou os meus dias,
muitas vezes à distância. ou era eu, em estranheza,
que não queria ver a sua face circunstancial?
não sei se é justo perguntar-lhe pelos motivos
ou sobre o que foi feito da simples razão.
que podemos fazer um pelo outro, afinal?
eu não sei se não é justo não a salvar.
que desculpas nos poderemos dar?
não sei se nos pertencemos,
se nos devemos fechar ou abrir;
sermos mais ou sermos menos.
por vezes, creio ver nela o que de mim resta
e sou eu o que resta dela, na conspiração
dos estados, dos elementos e da dita.
mas, talvez a tristeza seja a cama húmida e fria
que aguarda por uma janela aberta…
[livro aberto]
A tristeza so é tristeza... e doi...
ResponderEliminara foto é de esperança.
ResponderEliminara tristeza existe, pode ser breve, pode ser duradoura e magoa sempre.
não devia existir é certo, mas quando vem temos de saber aprender alguma coisa e tentar dissipar a dor que possa causar.
o poema está bom, e eu gostei!
boa semana (sem tristezas)
beijo amigo
:)