para trás, com pressa, ficava a auto-estrada.
as nuvens queriam chegar a um qualquer lado.
nem pensava parar, o vento desvairado,
que me embalava e acordava na mesma pancada.
na ponta da língua trazia a imagem do amor da alvorada:
que saia debaixo das pedras e de um sonho não adestrado;
que rabisca e emenda todo o meu ar recém-chegado;
que correrá num poema que tudo irá querer e nada.
telefonei-me, para me encontrar nas tuas linhas,
mas o tempo, que em mim havia, perdeu o traço,
parece ter arquitectado outros planos e outras adivinhas.
sigo-lhe o rasto, que deixou nos momentos e no espaço,
onde parecem existir passagens secretas nas entrelinhas.
preciso continuar a insistir nos atalhos de um abraço…
[livro aberto]
Como que uma vertigem poética intensa, de passado, presente e futuro, que, suponho, pode não ter uma leitura consensual, ou ser levado, demasiadamente, à letra. Eu adorei!
ResponderEliminarBjks