não há palavra silenciosa. é sexta-feira.
já acordei, tomei um duche e abracei o cansaço,
que não me repudia, e engulo o dia incerto
com anúncios nas bermas, como um laço.
tu nunca estás em silêncio dentro de mim.
cruzo-me com desconhecidos descontentes,
um ou outro sonho aquecido ou abandonado;
nuvens, chuviscos e esgares que passam indiferentes.
as vitrinas estão cheias de razões, mesmo na pastelaria.
são essas razões que me reflectem sem rosto,
enquanto tomo o café como se fosse uma anestesia.
há tempo para uns sorrisos ao acaso, com alegria,
e alguns de caso pensado, porque a noite não é eterna,
e a vida é um processo impregnado de ousadia…
[livro aberto]
um soneto a dar o bom dia ao dia....
ResponderEliminarmuito belo
:)