quarta-feira, 26 de agosto de 2015

ilha fantástica


aveiro, portugal
(rua direita) rua de coimbra, aveiro | portugal

como direi? – estou espalhado pela cidade 
abri a janela e toda a cidade se misturou pela casa 
para depois toda ela a cidade entrar em mim 
a repetir-se sem fim com uma melodia 

de madrugada fui a maçã que ninguém comeu 
de manhã fui a sua estrela invisível 
à tarde fui a felicidade da água e a maré 
e parti com a ironia do vento rente ao anoitecer 

por momento esqueci a ilha e a sua forma primitiva 
ambivalente que hoje brilha no céu quase nocturno 
com as memórias de que é feita e a compõe 

enquanto a cidade suspira numa extravagante neblina 
a praia calada e um pôr-do-sol antigo 
a cidade ou eu ou a ilha ou nem tanto nem tão pouco 



[a ilha]



5 comentários:

  1. Indicado para a TAG Descobrindo NOVOS BLOGS.
    https://umpalcodeteatro.wordpress.com/2015/08/27/tag-descobrindo-novos-blogs/

    Grata, abraços!

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  2. um soneto que transpira o amor pela cidade.
    a foto está muito bela.
    um beijo

    :)

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  3. Olá Henrique!
    Já estava com saudades de "beber" o que lhe vai na alma...
    Fico à espera de mais, para breve!
    Boa noite

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  4. Quantas vezes somoś muito de tudo e pouco de nada .bjs

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  5. Quantas vezes somoś muito de tudo e pouco de nada .bjs

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