aveiro | portugal |
um saxofone aos prantos nas pontes
a enternecer o canal central citadino
aveiro no corpo de outono tenso
no entardecer ao lado de quem sou
não encontro os nossos confins ancestrais
no desaguar cadente dessa melodia rouca
no espraiar desta brisa dourada e despida
de saber quem sou agora que já não estou
perde-me o dia sem murmúrio de solidão
a ilha quer ir mais longe no último fôlego do solo
que é agora um beijo lento de despedida
desempenho o meu papel de vivo
há nos meus olhos um horizonte possível
corpo que não pede esmolas de saudade
[a ilha]
um poema a respirar "cidade"
ResponderEliminara tua cidade
a Veneza Portuguesa
boa semana.
beijo
:)
A melodia que leva a ser sem estar, que pode ser a memória, numa dádiva de poesia. Lindo!
ResponderEliminarBjks