parque manuel braga | coimbra |
sou pois um poeta subjectivo
um sentimento não impresso
não me encontraste em qualquer livro
pois não tenho residência permanente em nenhum
tenho andado e ando por aí com eles
por vezes eles uivavam
entro neles ou penetro-os
parto com eles
parem comigo
vivo neles e através deles
e eles em mim
os livros
e entre o que vivo e esqueço
o que fica guardado em mim
ou um súbito anotar de palavras
há uma viagem prefixo de tempo e espaço
a metamorfose de uma ilha
e mais livros
um rio que escorre a sociabilidade subtil
sou um autor imaginário
a invenção do meu personagem
a pairar na sobretarde
folhosa
[a ilha]
Na densidade da "sobretarde folhosa", talvez, a reinvenção do poeta.
ResponderEliminarBjks
Anarquizando Espanca, "tens enfim um astro que flameja, e garras e asas de condor"...
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