quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Um dia curvilíneo


Formal
Escorre-me a água de um rio
E a areia de um deserto
Que alternam de mão
E eu sem mãos a medir

Apreendo
Seria mais fácil se fosse um heterónimo
Ou dois
Ou três
Ou quatro
Ou mesmo cinco
E mais uns semi-heterónimos
Talvez
Um ortónimo
E uma muleta
Coxa

Cai-me o mar do regaço
Imaginem o incómodo
E a inconveniência
Num mundo que vive tão só de aparência


3 comentários:

  1. Tens razão...cada vez mais se vive de aparência...

    Beijinhos

    Ana

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  2. e as aparências, enganam.

    belo poema.

    beijo

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  3. viver de aparencias é sinonimo de fragilidade de infelicidade,sinto pena das pessoas que não sabem respeitar a propria individualidade, posso parecer uma ET mas sou fiel a mim mesma, porque na vida podemos enganar todos menos nós mesmos
    beijinhos

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