O lugar, esconso, perdeu o entendimento,
No tédio de um alusivo porquê,
E tomou o verso hesitante,
Que eu queria incorporar no vento
E no mar, sem rotina, sem dimensão,
Com vocábulos sem bocas e sem raízes;
Sem as congeminações dos espectros das juras;
Sem as lamúrias do querer.
Provavelmente, achar-me-ão em demência,
Mas não pode o querer desejar, sem apetecer.
Há um certo quê, de um relativo não sei o quê,
E de aparente inconstância instantânea,
Conquistado por anjos que mergulham
Em sombras de sonhos de frases.
Por isso, enquanto escrevo ajustes de poema,
Deixo espaços para o que não tem palavras,
Como, mas não só, para a melodia que me cinge;
Como para os sentimentos que me erguem.
Que lindos, lindos, os espaços que deixas para o que não tem palavras.
ResponderEliminarE o anjo perfeito. Adoro estes velhos anjos esconsos nas catedrais e pequenos recantos.
Também gosto, muito, desses anjos, por vezes com expressões inusitadas.
EliminarObrigado, Célia! És muito gentil!
"E tomou o verso hesitante,
ResponderEliminarQue eu queria incorporar no vento
(...)
Deixo espaços para o que não tem palavras,
(...)para a melodia que me cinge;
Como para os sentimentos que me erguem."
Gostei muito :)
Abraço grande
Obrigado, pelo comentário generoso e visita!
Eliminarabraço
"Mas não pode o querer desejar, sem apetecer.
ResponderEliminarHá um certo quê, de um relativo não sei o quê..."
Não há inconstância na snsibilidade, outrossim o verdadeiro dom de ver para além da vulgaridade.
Abraço
Acredito no, e concordo com o, teu comentário.
EliminarObrigado!
abraço
espaços que podem ser preenchidos, por palavras, sentimentos, por essa melodia que te cinge e chega até nós
ResponderEliminarbeijinhos
Obrigado, Luna!
Eliminarbeijinho
Brincas com as palavras de forma excepcional... ate mesmo quando deixa espaço para o que nao tem palavras...
ResponderEliminarBeijo...
É muito amável, Frida!
EliminarObrigado!
beijinho
palavras inquietas e bem lançadas...
ResponderEliminarboa semana!
beijos
:)
Obrigado, Piedade!
EliminarBoa semana!
beijinho
;)
Um belíssimo poema, Henrique.
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