terça-feira, 22 de julho de 2014

argau 4




ficávamos ali, tão diferentes de tudo e todos,
mas tão iguais, fundidos no tempo e no espaço,
a ver o vento a construir castelos e histórias
no céu com as nuvens e os seus tons de cor;
a ver o mar a construir castelos e futuros
na praia, com areia e algas.
estendias-me a tua neblina e sombras
que misturávamos com o pôr-do-sol
na toalha que se enrugava
e eu pensava que desenhava os sorrisos
no teu rosto corado pelo sol e a urgência.
confidenciava-te o tanto que a minha avó
me pedia para me resguardar das correntes
de ar e das tempestades do amor e do mar,
e sorrias, encaminhando-me para o sentido
que, sem sabermos, se perderia irremediavelmente. 




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