Que mais poderia eu fazer? A bibliotecária castigou-me,
(e justamente) sem castigar, com o olhar, fatigado, já no
próximo
ano, e com a culpa de todos os males a cair, pesada, no
colo
do programa informático, pelo atraso, de um dia, na entrega dos
livros.
Um dia de castigo. Já não podia regressar a casa, como
pessoa,
e distinguir-me do eclipse que ganha a imprecisa dimensão
da ausência.
Fiquei a ler, demoradamente, horizontes e as estradas
de embarcações que representam vidas e passados improváveis.
É a vista do fim de tarde: a ria urbana tão cheia de
gente
eventual e os flamingos tomam plena posse da cidade
selvagem.
Nenhum moliceiro, ou batel, me poderá levar tão longe
que me tire daqui, nem deste tempo emprestado.
[sobrevoo]
Casual, mas não acessório. :) Gosto de encontrar esta "pontinha" de humor.
ResponderEliminarBjks
Gostei muito deste Acidental
ResponderEliminarGábi