No que acreditas, e onde cabes perfeitamente, é o espaço
entre o teu subterrâneo e o teu extremo de universo.
A mim, doem-me os pés de tanto voar e as palavras sonham
o poema, longa e desnecessariamente. Desconhecem o ténue
fio do tempo; o seu ponto morto; a sua fugaz espectacularidade;
e a sua linha, frágil, de costura, que se purifica no
azul do céu,
assim como no branco da noite que cai depressa demais.
Tudo isto se espessa na espuma de um café expresso, fonte
de resistência, onde, também, falta o tempo, numa miríade
de bolinhas de ar quente, aromatizado e apressado, à
procura
de um sentido que ganhe a sua distância, ou que se aninhe
num peito receptivo, num instante certo
e de desnecessárias explicações.
[sobrevoo]
tanto queremos voar planar no universo, mas na verdade andamos quase sempre rastejando nos subterrâneos.
ResponderEliminarbjs
Mais do que aquilo que sonhamos, somos aquilo que fazemos acreditando. Lindo!
ResponderEliminarBjks