quinta-feira, 8 de outubro de 2015

da ria


aveiro | portugal




são as mesmas mãos que me apontam o abismo 
dos anos que se contam em contas de água 
dos dias que disseminam solutos de solidões 
do amor de onde brota o caprichado cinismo 
aspergido com fôlegos e fulgores de paixões 

as mãos de água da ria 
sentada no cinzento das enxurradas 
a levar-me ao infinito da cidade métrica 
a lavar as indelicadezas da nostalgia 
com a delicadeza da amizade estética 




[a ilha]



1 comentário:

  1. A tua inspiradora ria, no fundo, como uma cura ou o consolo para os desconfortos da vida; para quando nem tudo é tão simples. Creio.
    :)
    Bjks

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