aveiro | portugal |
são as mesmas mãos que me apontam o abismo
dos anos que se contam em contas de água
dos dias que disseminam solutos de solidões
do amor de onde brota o caprichado cinismo
aspergido com fôlegos e fulgores de paixões
as mãos de água da ria
sentada no cinzento das enxurradas
a levar-me ao infinito da cidade métrica
a lavar as indelicadezas da nostalgia
com a delicadeza da amizade estética
[a ilha]
A tua inspiradora ria, no fundo, como uma cura ou o consolo para os desconfortos da vida; para quando nem tudo é tão simples. Creio.
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Bjks