canal dos botirões | aveiro | portugal |
sou o fio condutor da perspectiva,
aconchegado aos versos de solvência,
a quem todos os desassossegados têm direito.
um voo rígido, de memórias,
sem a resistência das interpelações
inquietantes da existência.
do outro lado do silêncio: a ria,
a transpirar, levemente, sombras
de perfumes ancestrais do mar.
permiti, também, que o mar me fugisse.
abraçámos os moliços, numa distância mental.
no entanto, não posso deixar de pensar
naquele movimento gracioso e transmutável,
da tua silhueta tensa a beijar a intimidade
do horizonte; na excitação da matéria
dos teus sonhos; na facilidade das incógnitas.
cinjo-me com a felicidade das interrogações pueris,
na
serenidade conquistada pelo passar do tempo.
[o significado do silêncio]
Me chamou a atençao na foto, as casas na beira do canal... e fiquei pensando no privilegio de quem mora assim... podendo desfrutar desta vista...
ResponderEliminarJá te leio há uns bons anos ainda assim continuas a surpreender-me com a tua escrita, bjs
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