a vida tem uma imaginação assombrosa,
como quando perdemos vinte euros
para, mais tarde, encontrar um cêntimo.
se quiseres, senta-te ao meu lado, em frente
a este oceano de enganos que nos rasga
por dentro e que fica, assim, indiferente;
nesta areia que tem fragmentos de palavras
tão iguais às que encontramos nos grandes
clássicos e algumas estropiadas, outras quase
invisíveis, que sussurram recordações não vividas;
nesta praia onde, cada vez mais, perco o meu reflexo.
repara como eu estou maduro, do cimo do mais alto
número da minha idade, a construir castelos de areia
na zona de rebentação, onde, o amor, ganha a forma
definitiva e, se calhar, poderemos dizer que é um corpo,
a rebentação, e que esse corpo é a carta de toda a vida.
[elipse]
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