anímico de fim de tarde e uma surpreendente alegoria de afecto.
nada de novo: partir, abrupto, em direcção ao horizonte;
circundar o planeta e encontrar-me, pelas costas, num
esforço
estéril e difícil, como que numa espécie de ingenuidade
improvável, mas previsível, num ponto da paisagem, num
hiato
do tempo. demasiada poesia. abraço a memória e retomo
a temperatura em queda e as janelas na insípida descoberta
do outono. as ruas e as pontes em obras concentram toda
a angústia e o receio da cidade sobre o misterioso
progresso
ou sobre as cifras do caminho que deixamos para trás.
e já o vento ordenou novas palavras, finas camadas de
noite
e uma salada de esperança, para colmatar alguma súbita escassez.
[elipse]
E a vida segue... por entre o outono, as ruas, as pontes, o progresso, a angustia, os receios... em direcção à esperança... mesmo quando não se sabe para que lado fica...
ResponderEliminarAdorei este prolongamento... em imagem e palavras...
Beijinhos
Ana