a confusão anda desordenada no palco da poesia.
alguém me procura no poema que eu não sou;
alguém me procura o poema que não está.
o ofício abafa toda a possibilidade de ser e de estar
e a peça segue, de poema em poema, onde os personagens
partem e regressam ao mesmo palco, gravemente indeciso,
em cenas perigosamente repetíveis, que a cada um deixam
uma sensação, um estado, um sabor e, eventualmente,
um desejo mais tradicional, como que uma ombreira.
gerações sucessoras dos personagens do personagem
inicial.
[elipse]