a envolvência da noite, que a uns devolve
a experiência dos espaços confinados,
que a outros devolve a sensação de conforto
e que a outros, ainda, não devolve nada,
instalou-se na humidade litoral, impelindo
o corpo ainda mais para dentro do corpo,
que se fixa na parte mais quente da memória.
são os estilhaços das janelas da nova estação
que devolvem o corpo a condição humana
e à demanda das respostas que a natureza
nem sempre dá, talvez por falta de vontade
mais do que por não as ter. nisto, por vezes,
chega a lembrança de um abraço, num silêncio
ruidoso que alterna com o ruído silente.
ou, talvez seja tudo uma mera invenção,
como que caprichos dos sentidos para a razão,
que não sabe escrever o amor visível nos olhos.
[elipse]
As noites que contam... são as que nos devolvem algo... nem que seja uma boa memória... em que num pedacinho da noite... se esconde um pedacinho de algo... alguém... luz... ou dia...
ResponderEliminarUm poema lindíssimo... mais um... e uma foto com um reflexo extraordinário... como só a Ria de
Aveiro saberá proporcionar!...
Beijos! Boa semana!
Ana