aveiro - excerto de mural de azulejos | portugal |
gosto dos horizontes transparentes que as letras
me dão e que me trazem a cidade meticulosa.
temos que viver com a fronteira das coisas
ou seres que, de uma forma ou de outra,
partiram e que chegam, por vezes, sob
a forma de odor. um odor pacificador,
porventura, mas, simultaneamente,
inquietante, para nos recordar
as distâncias. pode ser fétido
ou um perfume agradável,
persistente ou efémero,
mas é uma presença,
que as nuas letras
me atenuam.
[elipse]
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