quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sinal

Necessito encontrar conteúdo e consistência
Não há tempo ou termos para protesto
Sequência para horizontes de sossego
E excede um rio de persistência
A paridade é um lugar manifesto
Para este claro apego
Apenas entorpecido
Nunca esquecido

Sustém um sinal de solvência
Procuro a rede
Rompe o zelo num espaço paralelo
Que ajusta a referência
Vontades esclarecidas na parede
E a alusão ao breve e belo
Povoado de certezas ávidas
E ainda com palavras grávidas

Esqueci-me e continuei no trampolim
Há muito que saíste
E ouvi dizer que a humanidade já não existe
Ignorou o sinal e também não partiu no seu fim


10 comentários:

  1. Henrique,

    Profundo, bonito.

    Gostei.

    Beijinhos

    Ana

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  2. para mim sempre uma perplexa complexidade nestes textos!
    este propõe um caminho reflexivo!

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  3. há sempre um sinal, para nos voltarmos a lembrar.
    um bom fim de semana.
    um beijo

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  4. Desperta-me um sentimento intenso de reflexão. É um poema denso, no conteúdo, para mim, um «sinal» com vários sinais. Creio encontrar um certo desânimo consciente. Há uma procura e simultaneamente uma espécie de conhecimento. Mas gosto, cativa-me.
    Um beijo.

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    Respostas
    1. Existe consciência/conhecimento, sentimentos cerrados, em sinais que se conglomeram e depois se difundem/propagam, e matizam.
      Obrigado!
      Beijinho

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  5. talvez se procure demais e se perca a sintonia com a simplicidade, vivemos quase permanentemente num trampolim e há quem saia quem entre e continuo a pensar que é na simplicidade que aprendemos o momento de saltar e de sair.
    beijinhos

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