quarta-feira, 20 de março de 2013

E hoje… (XLVI)


  
     …Déjà-vu e apanágios. O dia termina diáfano e em parte incerta  Perco-me, ainda não me identifiquei com a realidade que se renova a cada dia; com as perdas que não são substituídas. As pessoas vêem-nos maioritariamente de fora e cada um de nós vê-se predominantemente de dentro, para dentro.

     Tento saber quem sou ou o que serei, para os outros e para mim. Procuro encontrar explicações e razões para esta forma. Questiono-me sobre a impressão, a interpretação do que representa a minha voz, a minha figura, os meus gestos, os meus pensamentos, os meus escritos e aparência, todos os meus reflexos, estáticos ou em movimento. Examino a minha consciência, o meu conhecimento e discernimento.

     O dia termina diáfano e em parte incerta. Inserta.


4 comentários:

  1. talvez quando aprendemos a conhecermos-nos um pouco quando olhamos verdadeiramente de dentro para dentro, nos aceitamos, e respeitamos, quando descobrimos que somos pessoas frágeis fingindo ser fortes,cheias de defeitos mas que os tentamos moldar, talvez aí nesse momento surja a descoberta que não importa como os outros nos vejam, pois cada um vai ter uma verdade diferente de achar o que somos, então só resta mesmo sermos fieis a nós mesmos e aceitar como verdade a verdade de cada um
    beijinho

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  2. o que importa é sermos como somos.

    muito profundo.

    (notei uma mescla de desalento?)

    beijo

    :)

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  3. Introspectivo.
    Noto algum desânimo nos últimos poemas e textos.
    Bjks

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  4. Henrique,
    Por vezes e, ás vezes esse sentimento trajado pelas suas palavras desnuda a nossa alma. Nua e, translúcida revela-se nostálgica, carente e, incerta no opaco perfumado que a nossa alma encerra!

    Um laço límpido de mim para si.
    Ana

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