Na pequena particularidade
de existir,
Tenho um mundo e uma lua
E são livres todos os incluídos.
Nos incluídos, sou um vitorioso
e bem-sucedido ninguém,
E sou livre de partir,
dividir e querer:
Quero ser aquele que não
pode voltar atrás,
Ainda que por um momento,
E recordar a exuberante
ausência de som,
Sem sentir o fervilhar interior
E ímpetos de revoltas latentes
Dos ensejos de entranhas exteriores.
Para isso deixei cair o estético belo
E as caminhadas do «tudo igual»;
Assim como, a usura do tempo finito,
E a coerência da conclusão,
Que continua aqui, a servir.
Sirvo a enfermidade dos
abraços,
Abraço o mundo e a lua
E todos somos incluídos se
formos livres.
Os outros incluem mínguas de
pluralidade,
Que orbitam ciclos de «enquanto…»,
«durante…» e «até que…»
Limpo afluentes espontâneos de um arbítrio paralelo,
Que nada de mim pretende e a mim não se prende.
As sementes das minhas palavras
são nuvens
E com essas minhas nuvens construí
um barco.
Com o meu barco cruzo os
céus inesperados
E nos meus céus constato que
mal existo.
Por isso, semeio e planto
esperanças no ar e no mar:
Observa-as, sente-as, respira-as;
Que te leguem alento.
Pelo menos agora, existe um pouco mais de mim;
Ao menos, agora, que não há mais nada,
Podemos compor um novo fim.
Feliz Páscoa, amigo!
ResponderEliminarQue seja doce em afetos e que se renove o que de melhor existe em cada um de nós.
Beijinho e parabéns pelo poema lindo.
Muito obrigado, Sandra!
Eliminar[Atrasado, eu!]
beijinho
não sei se é bom voltarmos atras, continuar em frente ou viver o mo0mento, mas quando mantemos os sonhos vivos tudo pode acontecer.
ResponderEliminaruma boa Páscoa
beijinhos
Acredito que a nossa vida está associada à vida e a renovação dos nossos sonhos.
Eliminarbeijinho
voltar atrás nem sempre.
ResponderEliminarmas, devemos seguir sempre em frente.
gostei do poema e a foto até me fez lembrar as minhas.
um beijo
:)
E seguir de frente (de forma frontal)! ;)
EliminarObrigado, Piedade!
beijinho
Henrique,
ResponderEliminarGosto da delicadeza das suas palavras que trajam o seu poema.
Ana
Quero que as palavras façam alguma coisa, que toquem de alguma forma, benigna. Obrigado, Ana!
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