terça-feira, 19 de março de 2013

expande o dia




as ruas estão sós e choram de pé
com as sombras que dançam
com a alma numa chávena sem fé

dormem ao largo as ondas vivas
embaladas pela minha sombra solta
que vibra em esquecidas liras redivivas

as penumbras dançam ao meu lado
tento o alento de simplificar a meia-luz
vagas na minha simples ruína e enfado

quero devolver as fases e a lua
e aplanar as imensas espirais de deriva
juntamente com a proposição crua

tudo principia num simples tropeço
do acessível silêncio em mim
e daquilo que inatingível eu pareço


3 comentários:

  1. um poema belo e triste
    as ruas estão sós e choram de pé
    pois é
    uma realidade que nos doí
    a foto escolhida é muito compatível com o poema
    (diria que é em Fraga da Pena, mas posso estar enganada)
    uma boa semana
    um beijo

    :)

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  2. Henrique,
    Imagem belíssima que ilustra um poema sublime mas nostálgico.

    Um deleite o seu "Aurorar".

    Um final de dia feliz em reverso ao sentimento expresso.

    Ana

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  3. Oi Henrique
    E o dia se expande lentamente, seu poema cala bem fundo e suas palavras soam terapêuticas.Lindo.
    abraço e bons dias

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