Recordo-me do arrepio inicial, do coração da história
que povoa a memória sobre a determinação do silêncio,
aquele formigueiro de imagens que levam a ria a soltar-se
do cais e a lamuriar-se pela praça, onde a minha voz sem
dor
me chamava e chama e o amor era um raio de sol no tecto
do quarto, o palco de um teatro privado de sonhos de
encontros
por realizar. Um mundo invertido que encontrava o seu
sentido
nos dialectos das plantas sem promessas, o refúgio das
assimetrias
das circunstâncias e das razões misteriosas, que é,
também, uma
das origens dos sorrisos estúpidos da invenção do amor analgésico
e que povoam o esqueleto dos poemas: a sua fonte e base
de conforto.
[massivo]
E de um arrepio inicial... se chega ao âmago de mais um poema... com a ria como fio condutor... e fonte de inspiração!...
ResponderEliminarMais um brilhante poema, sempre de cariz profundo... embora de aparência leve...
Beijinho
Ana